O calado máximo para navios graneleiros no Porto de Paranaguá passou de 13,1 m para 13,3 m, após autorização dos órgãos competentes e publicação da Portaria nº 188/2025 da Norma de Tráfego Marítimo e Permanência. O ganho de 20 cm permite até 1,5 mil toneladas adicionais por navio de granéis sólidos (soja, milho, farelos), aumentando a eficiência sem elevar custos operacionais para os embarcadores.
A medida vale para os berços 201, 202, 204, 209, 211, 212 e 213, com aprovação da praticagem e da Marinha do Brasil — reforçando que o avanço é técnico e lastreado em segurança da navegação.
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Efeito acumulado no aumento do calado no Porto de Paranaguá
Esse novo ajuste se soma ao avanço de dez/2024, quando o calado passou de 12,80 m para 13,10 m. Segundo a autoridade portuária, o corredor de exportação já havia ampliado a capacidade em mais de 5%, o que representou +800 mil toneladas movimentadas até agosto/2025.
Além do calado, a flexibilização de manobras de desatracação (Portaria 144/2025) também contribui para reduzir tempo de espera, elevando a produtividade nos berços de granéis vegetais (201, 204, 212, 213 e 214).
Em termos práticos para o contratante: mais carga por navio e menos gargalos tendem a significar operações mais previsíveis, sobretudo em janelas de pico de soja, milho e açúcar.
Próximos passos: concessão do canal de acesso
No dia 22 de outubro de 2025, está previsto leilão na B3 para a concessão do canal de acesso aos portos paranaenses. O edital prevê investimentos com meta de ampliar o calado para 15,5 m nos cinco primeiros anos e desconto de 12,63% na taxa Inframar, condicionado à entrega das melhorias. O contrato é de 25 anos, com investimento total estimado em R$ 1,23 bilhão no quinquênio inicial.
O que observar nas próximas safras
- Planejamento de janela de atracação: a capacidade adicional por navio pode redistribuir a pressão de pico, portanto, coordene agendamentos com antecedência.
- Crossdocking e transbordo: com navios saindo mais cheios, vale revisar capacidade de pátio e ritmos de transferência para evitar filas internas.
- Segurança: mudanças vêm acompanhadas de derrocagem e dragagens e seguem aprovação da Marinha/praticagem, por isso, mantenha documentação e requisitos de segurança atualizados.
Créditos e fontes oficiais: Portos do Paraná; Governo do Paraná (AEN). Consulte os comunicados para detalhes técnicos e vigências.
Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
